Cidadãos do mundo ou cidadãos culturais?

Não é novidade para ninguém que crianças aprendem línguas com mais facilidade. Por que isso acontece? Por que nascemos com a habilidade de aprender qualquer idioma e perdemos essa habilidade com o tempo?

Patricia Kuhl da universidade de Washington é reconhecida internacionalmente pela sua pesquisa em aquisição da linguagem na infância e desenvolvimento do cérebro e realizou em 2011 um estudo sobre como os cérebros dos bebês se formam em torno da aquisição da língua.

Nessa pesquisa foi descoberto que o melhor período para se aprender um idioma é até os 7 anos de idade, depois disso a nossa capacidade de aprender línguas cai drasticamente. Também foi descoberto que entre os 6-8 meses de idade, os bebês têm a fascinante habilidade de reconhecer todos os sons de todas as línguas. Já entre os 10-12 meses os bebês processam uma certa estatística em seu cérebro dos sons mais ouvidos e identificam com maior destreza somente os sons de sua língua materna enquanto sua habilidade de identificar os sons de outras línguas é perdida consideravelmente.

A pesquisa também revelou que os bebês necessitam ser socialmente expostos ao idioma, somente visual ou áudio não produzem nenhuma alteração.  “Sim, é necessário um ser humano interagindo com a criança para que haja um efeito positivo na aquisição da língua”, segundo Patricia Kuhl.

Qual a vantagem de se aprender um novo idioma desde cedo? Por que essa preocupação tão precoce? A verdadeira questão é que tipo de criança você quer que o seu filho seja. Cidadão do mundo que entende as culturas de outros povos e está preparado para lidar com as mudanças constantes do mundo globalizado ou cidadão cultural, que entende as mudanças locais e seus costumes e culturas locais.

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