As mudanças no sistema educacional brasileiro são impulsionadas pela Geração Alpha. É surpreendente para alguns verem crianças de 2 anos desbloqueando telas, assistindo vídeos no YouTube e jogando. No entanto, esse é um cenário comum para essa nova geração.
Assim como na geração Z, faz parte do comportamento da geração Alpha a naturalidade com as novas tecnologias e os dispositivos digitais. Na verdade, a Alpha vai além, tendo uma imersão tecnológica que a Z não possui.
E com isso, o processo de aprendizagem acaba tendo que ser diferente para esse novo público. Prossiga com a leitura do artigo e veja o impacto que a nova geração está causando no ensino!
O que é a geração Alpha e quais são as suas principais características?
“Crianças nascidas no início de 2010 têm contato com os dispositivos digitais desde que nasceram. Dessa forma, o meio virtual é intrínseco às suas vivências.”
Geração Alpha se trata de uma denominação cunhada pelo sociólogo australiano Mark McCrindle para categorizar as crianças nascidas a partir de 2010. Ela é usada para definir uma geração que já “nasceu conectada”.
A Alpha é a geração mais influenciada pela tecnologia, tendo contato com os dispositivos digitais desde o começo. As crianças, em seus primeiros anos de vida, já conhecem as cores, os sons e as funcionalidades de tablets, notebooks e smartphones.
Pela quantidade imensa de estímulos desde o nascimento, acabam tendo maior agilidade e inteligência que outras gerações. Por exemplo, tem uma maior capacidade de realizar duas tarefas ou mais ao mesmo tempo.
Quais são as principais características da geração Alpha?
Em geral, as crianças dessa geração são mais atentas e observadoras, além de questionadoras, versáteis e hiperconectadas. Elas costumam terem pais mais velhos e viverem numa unidade familiar menor.
E quais são as outras características da geração Alpha?
- Maior independência: por estarem mais conectadas, as crianças Alpha acabam criando uma maior independência;
- Maior curiosidade: justamente pela hiperconectividade, as crianças dessa geração não tem medo de sair testando tudo que podem, o que promove um melhor desenvolvimento cognitivo;
- Empatia: pelo maior acesso à informação, as crianças apresentam melhor capacidade de inclusão e aceitação;
- Menor concentração: pela constante presença de estímulos, as crianças podem apresentar dificuldades de concentração, de paciência e em lidar com frustrações.
Com isso, o comportamento da geração Alpha acaba sendo um desafio para o modelo de aprendizagem tradicional.
Qual é o papel da escola e do professor no processo de aprendizagem dessa nova geração?
O modelo de aprendizagem tradicional simplesmente não se encaixa com as características dessa nova geração. Para começar, é um modelo que coloca o conteúdo como centro, ao invés do aluno como centro.
A partir das características da geração Alpha, é fácil de entender que as crianças querem ser protagonistas em sua educação. O professor não deve ser apenas um transmissor de conteúdo, mas sim um mediador do conhecimento.
Nisso, a escola e o professor encaram um novo desafio: atender às necessidades individuais dos alunos, proporcionando oportunidades diferenciadas no processo de aprendizagem. Como fazer isso?
Integrando a tecnologia à educação
O primeiro passo para tornar mais fácil a integração da geração Alpha na educação é incorporando a tecnologia na educação. O sistema educacional brasileiro está entendendo que as tecnologias digitais são o futuro do ensino básico.
Para os alunos, é comum a presença de dispositivos digitais para sanar as suas principais dúvidas e curiosidades. Por isso, a escola deve:
- Oferecer um sistema digital de acompanhamento dos alunos;
- Ter um ambiente interativo com jogos e atividades;
- Ter lousas digitais com acesso à internet;
- E por aí vai.
A internet não é uma ameaça à educação, mas sim uma importante ferramenta para entender o comportamento da geração Alpha!
Fornecendo maior liberdade aos alunos
A geração Alpha na educação tende a se frustrar quando o ambiente de ensino é muito restrito e tradicional. A escola e o professor devem estar preparados para fornecer uma educação inclusiva, que atenda às especificidades de cada aluno.
Entregando um aprendizado mais prático
A geração Alpha na educação tende a buscar por aulas mais práticas e vivencialistas. Apenas ficar ouvindo o professor falar é pouco estimulante – os alunos querem ser desafiados e motivados.
Dessa forma, a escola e o professor devem oferecer uma aula voltada para a experiência e o aprendizado autônomo!
Há um novo sistema educacional brasileiro para a geração Alpha?
As crianças da geração Alpha são interativas, inventivas e sempre conectadas. Dessa forma, elas acabam sendo também crianças mais autônomas, indo atrás de resolver suas dúvidas e curiosidades por conta própria.
Em suma, o sistema educacional brasileiro está antenado a isso e cada vez mais surgem escolas que propõem uma abordagem pedagógica vivencialista. Nisso, os alunos da geração Alpha se tornam o centro do aprendizado!